12 semanas 1 um dia!

As tão esperadas 12 semanas chegaram e me dei conta que fazia tempo que eu não escrevia. Então vou fazer um resumão do que rolou nos últimos dias:

9 semanas

Já vínhamos acompanhando a gravidez com ultrassom semanalmente e tudo sempre esteve nota 10. No ultra das 9 meu médico disse que não só estava tudo bem, como eu já estava saindo da zona de risco (já que eu estava completando quase 10). Me olhou com carinho e disse pra eu ser feliz: contar pra família,descobrir o sexo (por quê não?), comprar roupinhas e começar a viver o lado mais concreto e menos técnico da gravidez.

Achei o conselho dele interessante e resolvi seguir: Fiz a Sexagem Fetal e para minha surpresa é uma MENINA! A alegria da notícia foi enorme. Realmente as coisas saíram um pouco do plano lúdico e foram para um plano mais concreto. Passei a me sentir menos uma paciente e mais uma mãe :)

11 semanas e 4 dias

Fizemos o ultrassom morfológico. Eu estava super, super tranquila. Mas mesmo assim é um mega alívio confirmar que está tudo bem! O osso nasal foi detectado. A translucência nucal está numa medida longe de qualquer suspeita de síndrome de down. Conseguimos ver todos os órgãos, contar os dedinhos, uma emoção sem fim!

11 semanas e 6 dias

Levei o morfológico para o meu médico. Ele me abraçou e CHOROU (literalmente chorou) dizendo que estava muito emocionado com a minha trajetória. Que admira a minha luta e a forma que dou valor para a conquista de cada etapa. E que se sente honrado em acompanhar a minha gestação e me ajudar a dar a luz. <3

Depois de muita conversa, ele quis ver o bebê novamente, então fizemos um novo ultra. Ele mediu a nuca e o osso nasal novamente. Tudo 100% normal!

Saí de lá em clima de festa; profundamente emocionada por ter entrado no segundo trimestre de forma tão saudável.

Viva! E que venha a nossa tão desejada Liz.

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12 semanas 1 um dia!

E o tão esperado 1º ultrassom chegou!

img_2197Pelas minhas contas eu estava com 6 semanas e 2 dias, mas estou com 5 semanas e 5 dias. 

Carrego um bebezinho com aspectos perfeitos. Ele está no tamanho certo, perfeitamente implantado e com o coraçãozinho batendo a todo vapor!

Meu médico disse que apresento características ideias de uma gravidez. Mas, por conta do meu histórico, ele quer que eu fique “pianinho” até a décima semana: sem sexo, sem exercícios (nem caminhadinha no parque) – sem muito auê no geral. Disse que agora minha gravidez tende mais a lucrar com repouso do que com movimento.

E é assim que tô me mantendo: na maior parte dos dias vou de casa pro trabalho, do trabalho pra casa. Isso tem me rendido longas noites de sono (sempre interrompidas por um ou dois xixis!) e tem poupado não só minha energia física, mas como emocional também.

A medicação, continua a mesma:

  • Primogyna 2mg – 3 x ao dia
  • Utrogestan 200 –  3 x ao dia
  • Clexane 0,40 – 1 x ao dia
E o tão esperado 1º ultrassom chegou!

papai noel trouxe um positivo para mim!

É isso mesmo: Fiz a transferência de mais dois blastocistos no dia 15/12 e no tão esperado 24/12, meu D10, recebi um novo positivo! Positivo este com gosto de esperança, de prosperidade, de renovação. Ele trouxe um sentimento de merecimento, união, gratidão.

O doutor queria que o beta desse pelo menos 30, pois desta vez deu 113 mUI/mL!

Hoje, no D13, colhi sangue novamente e o bendito mais que duplicou: 323 mUI/mL.

Desta vez a fé e alegria são maiores que tudo. Não paramos de repetir para nós mesmos: DESTA VEZ VAI!

Falando de sintomas:

Desde o D6 meu peito começou a inchar e ficar dolorido demais. Isso me encheu de esperança. No D11 estes sintomas aumentaram ainda mais, de modo que estou me sentindo super grávida graças aos meus seios.

Essa sensação querendo ou não me traz uma segurança. Faz eu sentir que meu bebê tá aqui.

Um outro sintoma (ou não sintoma) foi ZERO SANGRAMENTO. Não tive sangramento de nidação, nem uma gota escura de nada. Um pouco de sangue escuro às vezes é normal, mas pelo meu histórico prefiro mil vezes não sangrar nada…

Sendo assim, que venham as próximas semanas com muita dor nos seios e sem nenhum sangue: )

Em relação a medicação: continuo com a mesmíssima “fórmula”:

  • Primogyna 2mg – 3 x ao dia
  • Utrogestan 200 –  3 x ao dia
  • Clexane 0,40 – 1 x ao dia
papai noel trouxe um positivo para mim!

Scratching

Hoje fomos no médico e fizemos o tal “scratching” (conforme contei aqui). O procedimento é bem rápido e simples. Incômodo, mas quase indolor. 

O curioso deste ciclo é que, diferente do que falei antes, ele não é nada natural! O estrogênio é exatamente para eu não ovular e, uma vez que eu não ovulo, não há corpo lúteo e, se não há corpo lúteo, é preciso manter o estrogênio durante mais 10 semanas, no caso de gravidez. Da mesma forma, se não ovulo, não tenho pico de progesterona – então dependo 100% deste suplementado. 

Monta-se, assim, um ciclo menstrual completamente artificial. Tão artificial que a transferência dos blastocistos será feita no 23º dia – data que eu dificilmente engravidaria de forma natural.

Meu endométrio está com 10 mm de espessura – o que já é suficiente para a transferência. Até lá ainda deve engrossar um pouco mais : )

Falando da parte emocional:

Não sei se porque estou trabalhando muito ou porque já sei “como a banda toca”. Ou, ainda, por não ter que ficar controlando o crescimento dos folículos, óvulos, embriões – este segundo ciclo de FIV está sendo bem diferente do primeiro no quesito ansiedade. Apesar da pressão psicológica e financeira (puta que pariu, quanto dinheiro), estou muito menos bitolada no assunto.

É lindo ver como mais do que nunca meu marido está envolvido em tudo isso. Não somente no processo em si, mas como PAI. Vejo que a minha gestação/ aborto trouxe a paternidade realmente à tona, com uma força que eu jamais poderia imaginar. E está cada vez mais claro o quanto ele também sofre profundamente com tudo isso. Não é ele quem toma os remédios, não é ele que tem o útero, mas é dele a frustração de não poder fazer nada além de estar firme ao meu lado. E como é difícil estar “firme” quando se é parte integrante do “problema” não é, mesmo?

Tudo isso pra dizer (novamente) que nada é a toa. Toda essa dor tem um lado belo: “Igualou” a nossa vontade de ter uma família. Nos uniu como casal. Por um lado trouxe um vazio, mas por outro um plano tão forte em comum, que nada será capaz de derruba-lo.

O nosso amor vai vencer. 

O amor vence (quase) sempre.

Scratching

Preparo para a 2ª FIV

Voltamos no médico ontem e, como sempre, tivemos uma longa conversa.

A princípio o Dr. estava mais focado em “me consolar”, falar sobre a porcentagem de não sucesso da FIV, da porcentagem de não evolução pós positivo (nesse caso, 15%), que tenho uma ótima saúde, que tenho que animar e tentar de novo, bla bla bla.

E na verdade, mais do que consolo, eu estava muito focada em saber se havia algo mais que eu pudesse fazer ou investigar antes de uma nova tentativa. Que, sim, emocionalmente me sinto pronta para uma nova FIV, mas antes de tudo preciso me certificar se não há mais nenhum exame a ser feito MESMO. Se não há nenhum recurso adicional a ser utilizado MESMO. Pois não estou disposta a passar por todo este processo se algo estiver me atrapalhando e eu não estiver identificando o que é.

Naturalmente voltamos a minha suspeita dos meus “pequenos abortos” (que eu contei neste post aqui). Vale contar que este último, querendo ou não, também começou com um sangramento dias antes do ciclo – que depois se transformou num ciclo forte, fora do meu padrão.

Sendo assim, voltamos aos possíveis porquês do meu corpo supostamente não segurar uma gestação:

  • Endometriose/ Endometrite – não tenho

  • Útero/ Endométrios finos – não tenho

  • Trombofilias comuns – todos os exames negativaram e mesmo assim estou tomando Clexane

  • SAAF – só daria para diagnosticar a partir de um novo material abortado. Então, na dúvida, novamente entra o Clexane

  • Alteração no Cariótipo G – eu e meu marido não temos

  • Demais alterações genéticas – não tenho

  • Incompatibilidade genética – eu e meu marido não temos

  • Incompatibilidade sanguínea – eu e meu marido não temos

O que restou?  Foi falta de sorte?  Prefiro sempre lutar contra isso. Foi então, que ele me lançou uma nova sugestão:

Existe um procedimento chamado SCRATCHING (ou Injúria Endometrial). Uma técnica grega, totalmente empírica, que consiste em “arranhar” as paredes do útero dias antes da transferência do embrião, na intenção de que ele “reaja” e libere hormônios e enzimas que ajudam na implantação. Em outras palavras, força o endométrio a se tornar um ambiente mais receptivo a implantação.

Louco, né? Num primeiro momento até um pouco assustador.

Mas o Dr. me explicou que depois de muitos anos, hoje existe um estudo bem sério sobre o assunto e que analisa e comprova as altas taxas de sucesso. Além disso, ele próprio tem tido alta taxa de sucesso com suas pacientes com histórico de não sucesso em FIVs anteriores.

E aí lembrei que minha amiga que engravidou somente na sétima FIV (sé-ti-ma FIV, gente), exatamente quando fez este procedimento. E olha, ela tem um útero super complicado que não segurava embrião nenhum. Quando fez o Scratching, deu certo de primeira. E foi com o meu médico :)

Segundo ele não há contra-indicação: Se não me ajudar, mal não fará (nem a mim nem a gravidez) e nesse sentido eu confio muito nele.

Então batemos o martelo:

Ontem mesmo comecei com Prymogina (estradiol) 2mg  – 3 x ao dia. Em 10 dias fazemos o Scratching (no consultório, sem nenhum custo adicional) e em mais 6 dias a transferência de mais 2 blastos.

O resultado sairá nada mais, nada menos que dia 24, véspera de Natal.

E que o Papai Noel esteja reservando este presente bem gordo pra gente. Hohoho.

Preparo para a 2ª FIV