papai noel trouxe um positivo para mim!

É isso mesmo: Fiz a transferência de mais dois blastocistos no dia 15/12 e no tão esperado 24/12, meu D10, recebi um novo positivo! Positivo este com gosto de esperança, de prosperidade, de renovação. Ele trouxe um sentimento de merecimento, união, gratidão.

O doutor queria que o beta desse pelo menos 30, pois desta vez deu 113 mUI/mL!

Hoje, no D13, colhi sangue novamente e o bendito mais que duplicou: 323 mUI/mL.

Desta vez a fé e alegria são maiores que tudo. Não paramos de repetir para nós mesmos: DESTA VEZ VAI!

Falando de sintomas:

Desde o D6 meu peito começou a inchar e ficar dolorido demais. Isso me encheu de esperança. No D11 estes sintomas aumentaram ainda mais, de modo que estou me sentindo super grávida graças aos meus seios.

Essa sensação querendo ou não me traz uma segurança. Faz eu sentir que meu bebê tá aqui.

Um outro sintoma (ou não sintoma) foi ZERO SANGRAMENTO. Não tive sangramento de nidação, nem uma gota escura de nada. Um pouco de sangue escuro às vezes é normal, mas pelo meu histórico prefiro mil vezes não sangrar nada…

Sendo assim, que venham as próximas semanas com muita dor nos seios e sem nenhum sangue: )

Em relação a medicação: continuo com a mesmíssima “fórmula”:

  • Primogyna 2mg – 3 x ao dia
  • Utrogestan 200 –  3 x ao dia
  • Clexane 0,40 – 1 x ao dia
papai noel trouxe um positivo para mim!

Scratching

Hoje fomos no médico e fizemos o tal “scratching” (conforme contei aqui). O procedimento é bem rápido e simples. Incômodo, mas quase indolor. 

O curioso deste ciclo é que, diferente do que falei antes, ele não é nada natural! O estrogênio é exatamente para eu não ovular e, uma vez que eu não ovulo, não há corpo lúteo e, se não há corpo lúteo, é preciso manter o estrogênio durante mais 10 semanas, no caso de gravidez. Da mesma forma, se não ovulo, não tenho pico de progesterona – então dependo 100% deste suplementado. 

Monta-se, assim, um ciclo menstrual completamente artificial. Tão artificial que a transferência dos blastocistos será feita no 23º dia – data que eu dificilmente engravidaria de forma natural.

Meu endométrio está com 10 mm de espessura – o que já é suficiente para a transferência. Até lá ainda deve engrossar um pouco mais : )

Falando da parte emocional:

Não sei se porque estou trabalhando muito ou porque já sei “como a banda toca”. Ou, ainda, por não ter que ficar controlando o crescimento dos folículos, óvulos, embriões – este segundo ciclo de FIV está sendo bem diferente do primeiro no quesito ansiedade. Apesar da pressão psicológica e financeira (puta que pariu, quanto dinheiro), estou muito menos bitolada no assunto.

É lindo ver como mais do que nunca meu marido está envolvido em tudo isso. Não somente no processo em si, mas como PAI. Vejo que a minha gestação/ aborto trouxe a paternidade realmente à tona, com uma força que eu jamais poderia imaginar. E está cada vez mais claro o quanto ele também sofre profundamente com tudo isso. Não é ele quem toma os remédios, não é ele que tem o útero, mas é dele a frustração de não poder fazer nada além de estar firme ao meu lado. E como é difícil estar “firme” quando se é parte integrante do “problema” não é, mesmo?

Tudo isso pra dizer (novamente) que nada é a toa. Toda essa dor tem um lado belo: “Igualou” a nossa vontade de ter uma família. Nos uniu como casal. Por um lado trouxe um vazio, mas por outro um plano tão forte em comum, que nada será capaz de derruba-lo.

O nosso amor vai vencer. 

O amor vence (quase) sempre.

Scratching

10 embriões, 8 blastocistos!

10 embriões, sendo 8 deles muito bons!

Com esse super resultado, resolvemos apostar nos blastocistos e pasmem: Conseguimos 8 blastocistos muito bons! Sendo assim, hoje transfiro dois e congelaremos meia-dúzia. Depois disso, 10 dias até o resultado.

Contanto com a nota 10 em todas as etapas até agora, estou muito mais confiante que minha FIV possa dar certo de primeira. Segundo o doutor, atingimos a marca de 70% de chances de sucesso. De qualquer forma, o mais importante é termos conseguido gerar um bom material, pois se meu positivo não vier agora, certamente virá em breve e o custo financeiro e emocional disso será muito menor – por não ter que passar por toooodo tratamento de novo.

Confiante, marquei acupuntura hoje cedinho. A sessão foi super focada para ajudar na implantação e no meu bem-estar emocional. O que me resta agora é me manter sã e positiva até o final.

E que venha o tão sonhado positivo <3

[Sobre as medicações]:

Estou com Utragestan 200mg  3 x ao dia e hoje retomo as injeções de Clexane 40mg, 1 x ao dia.

10 embriões, 8 blastocistos!

6 semanas e um coraçãozinho batendo forte

Screen Shot 2016-06-26 at 4.55.42 PM

Finalmente o dia da consulta chegou.

Eu estava muito aflita e meu marido muito otimista.

Ao sentarmos em frente ao Dr. N. era fácil detectar as diferentes feições. Ele perguntou o porque de tanta ansiedade e entreguei meus exames apontando os do beta hcg e a pequena evolução entre eles. Ele logo disse: “Você tem razão para estar preocupada. Realmente não se trata de uma boa notícia”.

Antes de partirmos para o ultra, ele adiantou as possíveis causas daquilo estar acontecendo. Nenhuma delas foi novidade para mim, mas ouvir de um cara tão experiente, confirmou que minhas suspeitas não eram em vão, além de colocar o meu marido na “mesma página”.

A primeira possibilidade citada é a que ele chamou de “pior dos mundos”: o embrião estar instalado fora do meu útero. Disse que o fato de eu ter uma das trompas obstruídas aumentava bastante as chances de uma gravidez tubária. E que se isso estivesse acontecendo, deveríamos torcer para que ela se encerrasse o quanto antes, que meu corpo expelisse os restos naturalmente, sem a necessidade de uma intervenção cirúrgica. Caso a embrião evoluísse por mais tempo, me causaria hemorragia, rompimento dos tecidos e um baita mal estar. Que a necessidade de intervenção cirúrgica era muito grande, além do risco de perder a trompa de vez.

A segunda possibilidade, que ele chama de “melhor dos mundos” é o embrião estar instalado no útero, com aspectos normais e até quem sabe, com o coração batendo. Mas que se ainda não estivesse dando para ouvir, seria normal. Aguardaríamos mais alguns dias e faríamos uma nova tentativa, além de continuar acompanhando o beta hcg.

A terceira e “mais realista” opção é que o embrião estivesse menor que o normal, claramente não muito desenvolvido e até mesmo sem vida.

O mundo dentro de mim parecia desmoronar enquanto eu ouvia atentamente tais opções. Perplexa, me dirigi ao ultrassom transvaginal.

Ao inserir o aparelho, logo identifiquei um volume dentro do meu útero. Um mar de alívio veio junto: o pior dos mundos não estava acontecendo!

Ele analisou o aspecto do saco gestacional e do embrião que está medindo 3mm. Ativou o doppler colorido e nos mostrou o coraçãozinho piscando. Em termos de imagem, tudo absolutamente normal para uma gestação de 6 semanas! Caí num choro descontido.

Antes de ligar o som, ele disse que seria absolutamente normal se não fosse possível ouvir o coração, afinal estávamos com 6 semanas cravadas e já foi incrível ter visto o coração batendo. Talvez dois ou três dias antes não teria sido possível.

Assim que ele ligou o som, estava lá o coraçãozinho batendo a todo vapor pra quem quisesse escutar!

“Meu Deus, há esperança!”, pensei.

Ele estava claramente surpreso que tudo estava com aspecto absolutamente normal, mas disse que a pequena evolução do beta hcg continuava sendo uma má notícia. Que em 36 anos de experiência com fertilidade, ele só acompanhou dois casos em que a gravidez evoluiu normalmente.

“Será que estamos dentro deste 1%?”, pensei.

Ele prosseguiu dizendo que não sabe bem explicar o que houve nestes dois casos: se foram apenas exceções a regra, milagres ou se foram gestações que, por exemplo, começaram como gemelares (mais de um embrião) e logo um deles não desenvolveu, deixando resquícios de um beta hcg mais alto, em seguida mais baixo, tornando a medição do beta fora do padrão.

“Neste caso, a imagem não teria mostrado um segundo saco gestacional vazio ou alguns vestígio de um segundo embrião?”, perguntei ao doutor.

Ele disse que não necessariamente. Pois dependendo de quando aconteceu o aborto do segundo embrião, já deu tempo do corpo eliminar qualquer vestígio.

“E quais são os próximos passos?”, perguntei.

Ele me deu duas novas guias de beta hcg. Pediu para que eu colhesse o primeiro deles imediatamente. E que, novamente, “o melhor dos mundos” seria algum dos dois exames estar errado, o meu beta estar bem mais alto indicando uma gravidez absolutamente normal. Que se continuasse aumentando lentamente, passaríamos a monitorar tanto o beta hcg, quanto o ultrassom semanalmente. E que se tiver diminuído, para eu aceitar e esperar o aborto acontecer.

Em relação a esta última opção, tentou me mostrar o lado bom disso: que muitos dos abortos naturais ocorrem porque o embrião não seria um bebê saudável. Que, por exemplo, apenas 3% dos bebês com síndrome de down nascem e, portanto, 97% dos mesmos são expelidos naturalmente pelo corpo. Que caso o aborto aconteça, me apoiar na crença de que foi uma “seleção natural” pode ser um jeito saudável de encarar a situação e que num segundo momento virá um bebezinho em perfeitas condições de vir ao mundo.

Sabendo de todas as possibilidades, corremos para o laboratório para fazer um novo beta, torcendo para que ele tenha quintuplicado.

Mais um dia de longa espera: às 20 horas em ponto sai o resultado: 2751,0 mUi/mL, apenas 6 pontos a mais do beta de 4 dias atrás. Ou seja: sem características de boa evolução.

(Pausa)

Sensação do mundo desabando novamente.

(Pausa)

Talvez alguns de vocês pensem que tudo isso é um exagero. Que são “apenas” 6 semanas de gestação. Que 20% das mulheres perdem o bebê no primeiro trimestre. Que isso é comum.

Sim, é verdade. Mas nem todas as mulheres que perdem o bebê no primeiro trimestre esperaram dois ou mais anos para conseguir engravidar. Nem todas as mulheres que perdem o bebê no primeiro trimestre estavam em vias de realizar o maior sonho de suas vidas.

Mandei um whatsapp pro meu médico com o novo exame e ele ainda não me retornou.

Eu sei que boa notícia não é, mas estou aguardando para entender quais serão os próximos passos e se, de alguma forma, ainda tenho esperança.

Tudo que sei é que até ontem tinha um coraçãozinho batendo forte dentro do meu útero. Que se eu não tivesse feito um segundo beta hcg, teríamos saído do consultório como se tudo estivesse absolutamente normal. Mas algo (intuição, talvez?) me fez buscar checar a evolução do beta para hoje ter essa informação em mãos.

Estou triste, decepcionada, com medo. Buscando ter a serenidade de pedir para que o melhor aconteça, ainda que o “melhor” seja a gravidez não evoluir. Mas se nosso bebezinho for forte e saudável, que estejamos fora das estatísticas e que a vida se mostre maior do que a medicina é capaz de entender e explicar.

6 semanas e um coraçãozinho batendo forte

O tão esperado positivo (e a temida evolução do beta hcg)

Screen Shot 2016-06-23 at 3.59.51 PMParei de tomar pílula há dois anos e este mês meu tão sonhado positivo aconteceu! Confesso que foi uma grande surpresa.

Primeiro achei que tivesse ficado menstruada antes da hora (no 23º dia do ciclo). Depois cheguei a pensar que aquele sangue talvez não fosse menstruação, mas já muito cansada de me frustrar, procurei desviar minha atenção deste fato.

Uma semana se passou e comecei a sentir uma sensibilidade enorme no peito. Sensibilidade esta que começou a aumentar dia após dia até que me convenci a fazer o tão “temido” teste de farmácia, aquele que insistiu em dar negativo nos últimos anos. Só que desta vez foi diferente: uma certeza enorme do positivo já tinha tomado conta de mim, de modo que fiquei observando “ao vivo” a progressão do teste que, em poucos segundos, revelou os tão esperados dois “tracinhos”.

Um choro delicioso veio à tona junto com uma sensação enorme de gratidão, de conexão com a vida e com o universo. Indescritível a alegria de contar para o marido e pensar o quanto nossa vida estava prestes a mudar por completo.

Fomos imediatamente fazer um beta hcg e aproveitei para checar a taxa de progesterona. Os resultados saíram no mesmo dia: 1786,0 mUI/mL de HCG e 10,84 ng/mL de progesterona, indicando 5 semanas de gestação!

Por conta da dificuldade de engravidar, eu passei por tantos médicos nos últimos meses que neste momento fiquei sem saber qual deles procurar primeiro. Então eu fui em quem conseguiu um encaixe mais rápido.

Essa primeira consulta é básica, mas super empolgante. Tivemos um bate papo bem legal sobre o que será nossa vida nos próximos meses. A Dra. me pediu uma série de exames e sugeriu que eu esperasse completar 6 semanas e 3 ou 4 dias para fazer o ultra e, assim, conseguir não só ver o embrião, mas também poder ouvir o coraçãozinho batendo. Apesar da enorme ansiedade, segui a orientação da médica e marquei o ultrassom na data recomendada.

6 dias depois (ontem) fui fazer os exames de sangue e urina que ela havia me pedido. Por conta do tratamento de fertilidade que fiz, eu ainda tinha muitas guias de beta hcg e de progesterona comigo e, na tentativa de aliviar um pouco minha ansiedade, resolvi colher estes dois também.

Eu sabia que se o beta hcg tivesse tido uma evolução bacana, eu ficaria bem mais tranquila e até mais segura para anunciar a gravidez para minha família e para alguns amigos, mesmo antes do ultrassom. Apesar confiante, passei o dia muito ansiosa até os resultados saírem: 2744,0 mUI/mL de hcg e 9,73 ng/mL de progesterona.

Meu coração veio na boca.

Sim, o beta evoluiu, mas li em todo lugar que numa gravidez saudável ele tende a dobrar a cada 48 horas e o meu não dobrou em 6 dias! O progesterona, por sua vez, diminuiu um pouco, ainda que eu esteja suplementando 400 mg por dia.

Escrevi para minha médica (que está fora num congresso) em completo desespero e ela disse disse pra eu ficar calma, pois o importante é que o beta está aumentando. Mesmo assim, um pânico tomou conta de mim. Mal consegui dormir a noite e decidi não esperar mais 8 dias pelo primeiro ultrassom.

Tenho uma das trompas obstruídas e sei das chances de uma gravidez tubária. Tudo que quero no momento é ter certeza de que tem um embrião com aspectos saudáveis instalado no meu útero. Mesmo que ainda não dê para ouvir o coração.

Procurei, então, um outro médico que me atendeu nos últimos meses. Ele é especialista em fertilidade e, talvez por lidar com muitas tentantes, seja mais cauteloso. Do tipo que peca por excesso e não por falta de exames/ informações. Além disso, ele tem ultrassom no consultório e terei a oportunidade de avaliar a situação na mesma hora e com um excelente profissional.

Consegui um encaixe só amanhã. A espera será longa, mas estou aqui praticando o pensamento positivo e pedindo muita saúde e proteção para o nosso “bebezinho”.

 

O tão esperado positivo (e a temida evolução do beta hcg)