e o beta subiu pra caramba!

É ano novo.

Os últimos dias foram de muito descanso em uma fazenda incrível. Vibe boa, confiança, alto astral. Seios cada vez mais doloridos (sensação que me conforta e me conecta demais com a gravidez).

De volta a babilônia, minha idéia inicial não era ficar monitorando o beta hcg. Mas meu médico só volta de férias semana que vem e, como me conheço, sabia que viveria no inferno nos próximos 7 dias (até a consulta e ultrassom). Com base nisso, resolvi tirar sangue e checar o aumento do hcg.

Antes do resultado sair, eu e meu marido fizemos um raciocínio lógico:

Se dia 27/12 o beta era 323, considerando o cenário ideal, em 02/01 ele teria que dar por volta de 2600.

Foi um longo dia de espera até o resultado sair. Eis que fomos surpreendidos por um número bem maior: 4298 mUI/mL!

(Puta que pariu!!!!)

Por algumas horas deixamos o medo de lado. A alegria foi tanta que parecia que tínhamos acabado de pegar um novo positivo. Afinal, número NADA MAL para quem tem um uma experiência terrível de evolução do beta, né?

Penso que quem tem histórico de perda gestacional dificilmente terá uma gravidez emocionalmente tranquila. E, de certa forma, acredito que a gravidez por si só, desde o momento da descoberta, traga mil inseguranças para qualquer mãe. Talvez seja um ciclo natural, um preparo emocional para a maternidade em si que – todos sabemos – é cheia de medos e anseios.

E, entre medos e anseios, com 5 semanas e 3 dias de gestação, escrevo este post com uma alegria imensa. É uma sensação de merecimento que quase faz eu não caber dentro de mim.

Viva 2017 <3

e o beta subiu pra caramba!

papai noel trouxe um positivo para mim!

É isso mesmo: Fiz a transferência de mais dois blastocistos no dia 15/12 e no tão esperado 24/12, meu D10, recebi um novo positivo! Positivo este com gosto de esperança, de prosperidade, de renovação. Ele trouxe um sentimento de merecimento, união, gratidão.

O doutor queria que o beta desse pelo menos 30, pois desta vez deu 113 mUI/mL!

Hoje, no D13, colhi sangue novamente e o bendito mais que duplicou: 323 mUI/mL.

Desta vez a fé e alegria são maiores que tudo. Não paramos de repetir para nós mesmos: DESTA VEZ VAI!

Falando de sintomas:

Desde o D6 meu peito começou a inchar e ficar dolorido demais. Isso me encheu de esperança. No D11 estes sintomas aumentaram ainda mais, de modo que estou me sentindo super grávida graças aos meus seios.

Essa sensação querendo ou não me traz uma segurança. Faz eu sentir que meu bebê tá aqui.

Um outro sintoma (ou não sintoma) foi ZERO SANGRAMENTO. Não tive sangramento de nidação, nem uma gota escura de nada. Um pouco de sangue escuro às vezes é normal, mas pelo meu histórico prefiro mil vezes não sangrar nada…

Sendo assim, que venham as próximas semanas com muita dor nos seios e sem nenhum sangue: )

Em relação a medicação: continuo com a mesmíssima “fórmula”:

  • Primogyna 2mg – 3 x ao dia
  • Utrogestan 200 –  3 x ao dia
  • Clexane 0,40 – 1 x ao dia
papai noel trouxe um positivo para mim!

Preparo para a 2ª FIV

Voltamos no médico ontem e, como sempre, tivemos uma longa conversa.

A princípio o Dr. estava mais focado em “me consolar”, falar sobre a porcentagem de não sucesso da FIV, da porcentagem de não evolução pós positivo (nesse caso, 15%), que tenho uma ótima saúde, que tenho que animar e tentar de novo, bla bla bla.

E na verdade, mais do que consolo, eu estava muito focada em saber se havia algo mais que eu pudesse fazer ou investigar antes de uma nova tentativa. Que, sim, emocionalmente me sinto pronta para uma nova FIV, mas antes de tudo preciso me certificar se não há mais nenhum exame a ser feito MESMO. Se não há nenhum recurso adicional a ser utilizado MESMO. Pois não estou disposta a passar por todo este processo se algo estiver me atrapalhando e eu não estiver identificando o que é.

Naturalmente voltamos a minha suspeita dos meus “pequenos abortos” (que eu contei neste post aqui). Vale contar que este último, querendo ou não, também começou com um sangramento dias antes do ciclo – que depois se transformou num ciclo forte, fora do meu padrão.

Sendo assim, voltamos aos possíveis porquês do meu corpo supostamente não segurar uma gestação:

  • Endometriose/ Endometrite – não tenho

  • Útero/ Endométrios finos – não tenho

  • Trombofilias comuns – todos os exames negativaram e mesmo assim estou tomando Clexane

  • SAAF – só daria para diagnosticar a partir de um novo material abortado. Então, na dúvida, novamente entra o Clexane

  • Alteração no Cariótipo G – eu e meu marido não temos

  • Demais alterações genéticas – não tenho

  • Incompatibilidade genética – eu e meu marido não temos

  • Incompatibilidade sanguínea – eu e meu marido não temos

O que restou?  Foi falta de sorte?  Prefiro sempre lutar contra isso. Foi então, que ele me lançou uma nova sugestão:

Existe um procedimento chamado SCRATCHING (ou Injúria Endometrial). Uma técnica grega, totalmente empírica, que consiste em “arranhar” as paredes do útero dias antes da transferência do embrião, na intenção de que ele “reaja” e libere hormônios e enzimas que ajudam na implantação. Em outras palavras, força o endométrio a se tornar um ambiente mais receptivo a implantação.

Louco, né? Num primeiro momento até um pouco assustador.

Mas o Dr. me explicou que depois de muitos anos, hoje existe um estudo bem sério sobre o assunto e que analisa e comprova as altas taxas de sucesso. Além disso, ele próprio tem tido alta taxa de sucesso com suas pacientes com histórico de não sucesso em FIVs anteriores.

E aí lembrei que minha amiga que engravidou somente na sétima FIV (sé-ti-ma FIV, gente), exatamente quando fez este procedimento. E olha, ela tem um útero super complicado que não segurava embrião nenhum. Quando fez o Scratching, deu certo de primeira. E foi com o meu médico :)

Segundo ele não há contra-indicação: Se não me ajudar, mal não fará (nem a mim nem a gravidez) e nesse sentido eu confio muito nele.

Então batemos o martelo:

Ontem mesmo comecei com Prymogina (estradiol) 2mg  – 3 x ao dia. Em 10 dias fazemos o Scratching (no consultório, sem nenhum custo adicional) e em mais 6 dias a transferência de mais 2 blastos.

O resultado sairá nada mais, nada menos que dia 24, véspera de Natal.

E que o Papai Noel esteja reservando este presente bem gordo pra gente. Hohoho.

Preparo para a 2ª FIV

Do positivo… ao negativo.

Ou do céu… ao inferno?

Meu trauma em acompanhar o beta hcg não se desfez. Se reforçou.
Dos 33 mui/mL no D10, fui para 9,4 mui/mL no D14. Isso mesmo: Com 4 semanas e 5 dias, minha gravidez mais uma vez não evoluiu.
Dos 70% de chances de sucesso que alcançamos ao longo do processo da FIV, fiquei na fatia dos 30%.
Tristeza, cansaço, frustração. Esses sentimentos junto com mais um monte de outros que não consigo colocar em palavras.
A parte boa? Tenho 6 excelentes blastocistos congelados. Fazer uma nova TEC pode ser mais barato financeiramente – mas e o emocional?
Por hoje é só.
Do positivo… ao negativo.

É positivo!!

Ontem, no D9, tivemos um retorno no médico.

Meu nível de ansiedade estava altíssimo de forma que fui de um temperamento positivo ao negativo total. Fizemos um ultrassom trans pra ver como estavam as coisas lá dentro (mesmo sabendo que não seria possível confirmar a gravidez com ele) e para a minha alegria estava tudo lindo: muitos corpos lúteos, endométrio com 1.8. Ou seja: um útero condizente com uma possível gravidez.

Feito isso o médico nos autorizou a fazer o exame de sangue hoje, no D10. Disse que a parti de 5 mui/mL, seria positivo, mas que ele gostaria de ver um beta maior que 30 mui/mL

Acordei cedo a e, mesmo sem meu plano cobrir, fui no Albert Einstein, pois o Dr. disse que lá o resultado sairia em 50 minutos. E saiu: 33 mui/ mL!

Na hora que vi até fiquei confusa se era um positivo mesmo, já que a ultima gravidez eu confirmei com um beta de mais de 1700. Mas, contando que no D10 a menstruação nem atrasada está, o número é dentro do esperado e sim, estou gravidíssima! <3

Daqui 4 dias vamos repetir o beta para checar a evolução. Não preciso nem dizer o quanto trauma tenho disso, mas entendo a importância e quero mais é fazer tudo o que o médico me pedir!

Uma gravidez depois de um aborto espontâneo não é fácil psicologicamente. Junto com a alegria do positivo, um medo enorme toma a nossa mente. Mas estou me esforçando muito para deixa-lo de lado e me manter confiante e positiva.

Apesar de todo o processo da FIV ter sido nota 10 e meu corpo aparentemente ter condições de abrigar uma gravidez sem nenhum remédio, vamos continuar nos prevenindo e tomando Clexane 40 mg até a reta final. E até segunda ordem também estamos com Utrogestan 200 3x ao dia.

No mais…

Estou aqui na maior dúvida sobre quantas semanas estou. Tem sites que dizem para contar 14 dias a mais da data de transferência dos embriões, outros dizem o mesmo, só que a partir da data de punção dos óvulos. Confesso que esqueci completamente de perguntar isso para o Doutor.

Independente de qualquer coisa, tudo indica que em julho/ agosto de 2017 terei meu filhinho nos meus braços. E dormir com essa informação já me faz a mulher mais feliz do mundo novamente.

 

É positivo!!

Novo passo: Fertilização In Vitro

25º dia do terceiro ciclo menstrual pós aborto. Tive um pequeno sangramento no 22º e 23º. Fiquei eufórica achando que fosse uma nidação, mas hoje fui no médico e, segundo o ultrassom transvaginal, é um útero prestes a menstruar.

Depois de mais uma desilusão, fiz um balanço sobre minha saga de tentante:

– Tenho 35 anos e meio;

– Quero ter dois filhos;

– São 2 anos e 4 meses tentando engravidar;

– Em todo este tempo, só não chutamos para o gol um mês;

– Tenho a trompa direita interrompida;

– Fizemos 3 ciclos de Coito Porgramado – todos sem êxito;

– Tivemos 1 gravidez natural acompanhada de aborto espontâneo com 8 semanas e 4 dias de gestação;

– Cariótipo Fetal sem alterações morfológicas e cromossômicas. Aborto sem nenhuma causa aparente.

Ou seja:  Continuar lendo “Novo passo: Fertilização In Vitro”

Novo passo: Fertilização In Vitro

gestação gemelar?

A médica do ultimo ultrassom disse que parecia haver um segundo saco gestacional no meu útero, o que indicaria uma gestação gemelar, onde um dos embriões não evoluiu.

Vejam a imagem (saco gestacional 1 vazio à esquerda e saco gestacional 2 com embrião a direita): Screen Shot 2016-07-04 at 15.56.28

Quando mandei o laudo para o médico, comentei com ele que ela tinha feito essa observação e a noite ele me respondeu dizendo que tem todo aspecto de um segundo saco gestacional mesmo e que isso era uma baita notícia boa!

Isso mata a charada por completo: um beta hcg alto no início (por conta de 2 bebês) e em seguida não tão alto assim (com a não evolução de 1 deles), fazendo o comparativo dos números não ter sentido algum, ainda mais quando vemos que sim, nosso bebezinho está em perfeita evolução!

Juntando essa informação ao fato de eu sangrar um pouco até hoje (sangue escuro – às vezes mais com aspecto de corrimento caramelo, às vezes com cara de início de menstruação, com alguns coágulos), torna essa hipótese mais forte ainda, uma vez que eu estaria expelindo o embrião que não sobreviveu.

Essa semana tenho retorno com o médico 1 e com o médico 2. Neste momento ainda nos sentimos mais seguros ouvindo a opinião de mais de um profissional. Com as imagens do ultimo ultrassom + laudo + fotos do meus sangramentos em mãos, acredito que chegaremos num veredicto final sobre o ocorrido.

De qualquer forma, a única coisa que me importa agora é que minha gravidez continue evoluindo saudável.

O que passou, passou : )

 

gestação gemelar?

Novo ultrassom

6 semanas e 5 dias e um novo ultrassom:

Em 5 dias meu bebezinho cresceu 1.4 mm e está com o coraçãozinho a 121 bpm.

Morri mil vezes!!!

Todos os aspectos estão absolutamente normais, notícia boa atrás de notícia boa durante toda consulta.

Um misto de confusão e alegria, mas uma alegria imensamente maior que a confusão.

Depois de toda análise positiva, contamos para a médica do ultrassom a aflição que temos passado nos últimos dias por conta do beta hgc e ela ficou muito surpresa, já que nada na imagem indica algo errado.

Simpaticamente nos deu um conselho: “O que vocês acham de parar  de medir o beta hcg e passar a fazer ultrassons semanais? Enquanto o ultrassom mostrar tudo certo, tudo certo está!”.

E ela tem total razão. Saímos de lá certos de que o melhor era não fazer um novo hcg e que o que vale agora é toda fé e esperança nos fatos: uma gravidez saudável.

Mandei o laudo para o meu médico e volto para contar o que ele disse.

Contei para minha família. A notícia trouxe tanta, mas tanta alegria para eles! Sinto-me tão e somente rodeada de boas energias. E é assim que vou me manter dia após dia, semana após semana.

Vem, filho(a). Teu caminho está aberto. Vem encher esse mundo de saúde e alegria.

Mamãe a Papai já te amam de uma forma que você nem imagina.

 

Novo ultrassom

um sopro de esperança

Ontem foi um dia mais alto astral por aqui. Acordei mais forte, positiva. Posso estar enganada, mas sinto meu bebê vivo e saudável dentro de mim.

Nenhum sinal de sangue, cólica forte. Nenhum mal estar. Nada que pareça um aborto.

Continuei minha busca na internet e encontrei o primeiro relato positivo de um caso bem parecido com o meu:

ba_34_hcg.png
Entrei no perfil dela e vi que os gêmeos de fato nasceram normais, saudáveis. E a gravidez foi aparentemente saudável também. Mandei um email para a usuária e estou aqui torcendo para que ela tenha recebido e que me responda contando sua experiência com um pouco mais de detalhes.  Continuar lendo “um sopro de esperança”

um sopro de esperança

3º beta hcg e o parecer médico

Evolução BetaHCG

Mandei o terceiro beta hcg por whatsapp para o médico, afirmando que praticamente não houve evolução e perguntei se eu podia ter alguma esperança. Um longo dia se passou e a noite ele me escreveu dizendo: “infelizmente não”. Perguntei como proceder, e ele disse que hoje conversaríamos melhor, mas que o ideal seria que meu corpo expelisse naturalmente nos próximos 10 dias.

(Pausa)

Como torcer para que meu corpo se comporte desta forma uma vez que a última informação é que tenho é que carrego um embrião vivo e “saudável” dentro de mim?

Se não há mais esperança, me pergunto: até quando este coração irá bater? Como posso viver bem enquanto isso?

3º beta hcg e o parecer médico